terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Paradise

E logo que desperto percebo tua mão.
Tenra afagar minhas vísceras
Mas no vaco do infinito vejo a imensidão
Do fim que se aproxima no turbilhão
Mas prossigo planejo persisto
Num instante tudo acaba na parada dos gritos
Nas pessoas que deixo no caminho.
Ficam as marcas do cisco da tristeza e do sorriso.
Mas prossigo planejo persisto
No que se transforma no tempo vai.
Do cheiro do passado impregnado de sons e palavras
Esvai-se pelo que não consigo reter em minhas mãos.
Por isso prossigo planejo persisto ao meu paraíso

Gafe

Essa gafe de situações
Faz-me assim, frio
Sem brio, sem um fio de noção
Sem opção de aparecer vestido
Por isso fico nu, não artisticamente
Nu de mim mesmo, despudorado de mim
Ancorado no nada vestido de retalhos da ocasião

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Observando o Movimento das Massas

Diante dos fatos acontecidos saio da caverna para me manifestar pelos fatos acontecidos com nossos bombeiros no estado do Rio de Janeiro. Quero logo de inicio admitir e parabenizar essa parte de militares pelos serviços prestados a toda sociedade, como parte da ala de militares onde ainda resvala algum prestígio perante a comunidade.
Acredito sim, que houve exagero por parte do governo do estado do Rio de Janeiro na pessoa de Cabral no suposto clímax na repressão dos manifestantes. Mas entendendo também o caráter militar que possuem no cerne da luta enquanto movimento de luta. Uma concepção diferente enquanto classe individualizada da classe trabalhadora em geral (da classe em si da classe para si) como dizia Marx.
Se a partir do momento que eles alcançarem de suas reinvidações, e todos os bombeiros ou a maioria deles se reconhecerem como uma classe igual a todas as outras desprovidas de direitos básicos, se somarem aos movimentos que hoje os abraçam e tomarem a luta do povo massacrado, o somatório do processo de luta se torna mais genuíno. Fora disso é preciso observar o engajamento militar enquanto combate e o movimento das massas que vem e vão como uma maré sem destino próprio. Espero que com isso haja uma mudança no entendimento desse contingente que seria de extrema importância como classe trabalhadora que engrossa a luta ”O povo sempre foi usado como massa de manobra em tempos modernos”. Em momentos como esses os políticos tomam a voz da maioria para beneficio próprio, sobem nos palanques e fazem a venda de sua imagem. È preciso que dentro do processo de luta a própria classe se entenda como a classe em si produza a sua voz de ação sem interlocutores, que matam aos poucos a aquisição do poder coletivo numa democracia falsa
A marca que assola a sociedade na figuração bruta da milícia é composta por grupos de bombeiros que assolam o povo onde o Estado esta ausente. Sei que com isso não posso nem estou colocando todos os componentes dos bombeiros como grupo que compartilha do mesmo pensamento da milícia, mas não podemos negar que essa moléstia mancha de vermelho todo o contingente.
Portanto minhas palavras saltam de uma postura calada até então para reflexão de todos sobre pontos que passam a galope pelo debate sadio e sólido
OBS: E só uma reflexão minha dos fatos e da história que se repete interminavelmente

domingo, 5 de junho de 2011

Avassalador

No ímpeto de tudo junto
Rasguei tudo que estava na frente
Cortei na carne meu assunto com ela
Sangrei triscando fagulhas que gritavam por mim
Quebrei na porta as sobras que ela escondia há anos
Suei cuspindo e socando meu eu
Acabei dormindo satisfeito pelo que fiz
Passei a noite repousando sobre minha indiferença

segunda-feira, 21 de março de 2011

Minha colocação a carta de Ana maria Gonçalves a Ziraldo

A lógica de Lobato em denegrir a imagem do negro perpassa pelas mesmas vias e também fantasias de Ziraldo, que coloca sua pintura bem uniformizadas ao carnaval do bloco brasileiro que merda é essa anestesiando o folclore devasso das mentes humanas seja na sapucaí o nos arredores do território do centro do Rio de Janeiro ou brasileiro.
A mesma intenção fundamenta a globo em fazer novas edições do trabalho de lobato trazendo o sítio que enobrece uma mente doente, chamada Monteiro Lobato e as novas linhas de eugenia brasileira a teoria do enbraquecimento.
Julio um amigo de classe em sua citação a essa carta, é sensato em colocar as formas excrachadas de racismo como forma feroz do mesmo modo sútil de formar conceitos de maneira perversa; como se só configurasse racismo a violencia fisica ou moral no ato do processo com testemunha."A ideia é acabar com essa brincadeira de achar que a gente é racista".Perspicaz essa forma de desenhar o Brasil Ziraldo!
Isso mesmo; a ideia principal de trilhar um caminho de perfeita harmonia racial nos pais, exala um cheiro de profunda repulsa dos chamados intelectuais e formadores de opinião das massas, que degolam camadas com suas psicodélicas ideias da unidade racial, miscigenando novas idéias nem que sejam subliminares. A carta como diz a leitora achou uma vítima e eu tambem, pena ela representar um ícone brasileiro, que pense assim.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Me faça acreditar...

Me faça acreditar que meu avesso.
Se foi para o verso, do inverso
Da tantas demolições.
Renasci como aguia
Que resvala nas pedras
Cada pena que se vai uma marca,
Que assina uma sina, uma produção.
Delirante que me mata me acata.
Assim renasço aqui ali como
Homem forte vigoroso viril
Amante de Deus dos seus!